Saturday, July 07, 2007



























Entangueço, e sei-te iminente sem estares.
Adocicado, frutado, inebriante;
Outono de aguaceiros ferozes cravados na nossa pele.
Sentidos que despertam do torpor da consciência e clamam por ti.
Porque te denuncias inocente na indolente
brisa que me acaricia o rosto e promíscua
me envolve em ti.
Murmúrios… de intrépidos lábios selados
de errantes mãos e venturosas conquistas
de atritos menores mas indubitável resolução
de irracional desgarrada e compassos pulsantes
de mútuo êxtase e ofegante repetição.
Desse teu odor em que voluntariamente
me viciei.
Porque a brisa o transporta entangueço,
E sei-te iminente sem estares.

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