Friday, November 14, 2008
Vem por entre toda a solidão e abraça-me que há já muito te anseio. Que importa que lá fora chova e que nos olhem com desdém, abraçados somos mais longe do que nós, utopias reais. Vem sem medo de chegar, vem pelos teus passos liberto do que te não fez vir antes e abraça-me que eu não posso mais, que este quarto mete medo e o medo deixa-nos sós. Tenho tanto para te contar que a vida não chega, tanto que chorar que não há leito que segure, mas não percamos mais tempo e prende-me nos teus braços que a espera não terá sido em vão. Enquanto na urbe chove cinza, se diz que sim e que não, que nós abraçados e livres desse fado nos perpetuemos no tempo sendo aquilo que somos até à outra margem chegar.
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Imagem e Texto: Paulo
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