Sabes, apetece-me fugir. Haha, não como de costume, nada de querer trocar este por qualquer outro lugar por uns tempos. Fugir, mesmo. Do que fui, sem saber o que fazer (não sabia), deixar nos outros a impressão de que «aquela vai longe». Sim, mas: das expectativas, responsabilidades, do estar estar à altura, dos cumprimentos entusiastas e encorajantes de quem encontrasse na rua. O fato já não me serve, é de outro tempo. Gostava que percebessem isso, compreendes? Que o tempo passa e as pessoas mudam. Para melhor, pior, hábitos, ideias, outra cidade, outro país; de número de telemóvel, estilo, cor preferida, cor de cabelo, feições; e tantas outras coisas. Mas, não: sê simpática, não faças isso, vou dar-lhe um presente, faz-lhe uma surpresa, encoraja-a disfarçadamente ao falares com ela, onde queres ir?, quando queres comprar as calças?, não penses nisso. Ela está doente, coitadinha. Detesto ser esta e a outra antes de mim.
Saturday, June 26, 2010
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