Thursday, November 02, 2006



























Lá fora, a chuva mistura-se com a noite numa estranha e aduladora canção de embalar, ocasionalmente entrecortada pelo agreste vento norte, que hoje quase derruba a árvore do jardim. Ouço as ramadas vergarem num silencioso resmungo de conformação, enquanto dançam aleatoriamente contra o negrume apinhado de robustas e disformes nuvens, pez flutuante de tão densas, cortinas cerradas sobre a minha janela.

Esta noite, as estrelas estão recolhidas, e não as verei brilhar.