Friday, November 12, 2010



















Perdeu-se a olhar para as labaredas, dançante brevidade descronometrada contra o vidro da lareira. Incognoscente do tempo que realmente passa. Caiu a noite, o frio pesa. Ela dorme no sofá sonhando; as brasas sobrevivem sob toda aquela cinza.

Tuesday, November 02, 2010



















Custa-me não escrever. Ultimamente, engulo os dias alarvemente até ficar indisposta sem da saciedade provar e não dou tréguas ao céu, especialmente da manhã, lacerando-a repetidamente como se do mais natural passatempo do mundo se tratasse. Estou genuinamente farta desta ansiedade bastarda e da dificuldade em manter por mais de meio instante o que quer que seja presente na ideia. Aborreço-me e zango-me e canso-me e desisto. Dá-me um sentido! Uma cruz num mapa, direcções vagas, um cheiro no vento! Uma canção que me leve, uma onda que me traga, uma vaga nestas linhas. Mente que mente, que minta com substância e espasmos de escrita.