Wednesday, June 30, 2010

Saturday, June 26, 2010


























Sabes, apetece-me fugir. Haha, não como de costume, nada de querer trocar este por qualquer outro lugar por uns tempos. Fugir, mesmo. Do que fui, sem saber o que fazer (não sabia), deixar nos outros a impressão de que «aquela vai longe». Sim, mas: das expectativas, responsabilidades, do estar estar à altura, dos cumprimentos entusiastas e encorajantes de quem encontrasse na rua. O fato já não me serve, é de outro tempo. Gostava que percebessem isso, compreendes? Que o tempo passa e as pessoas mudam. Para melhor, pior, hábitos, ideias, outra cidade, outro país; de número de telemóvel, estilo, cor preferida, cor de cabelo, feições; e tantas outras coisas. Mas, não: sê simpática, não faças isso, vou dar-lhe um presente, faz-lhe uma surpresa, encoraja-a disfarçadamente ao falares com ela, onde queres ir?, quando queres comprar as calças?, não penses nisso. Ela está doente, coitadinha. Detesto ser esta e a outra antes de mim.

Monday, June 21, 2010
























Para poupar na descrição e porque não esbanja a capacidade, imagine-se uma daquelas cenas de filme decente cujo ambiente de palpável tensão levou uma noventena de minutos a criar. Simula o décor um aeroporto mediano por onde se polvilharam uns quantos passageiros e suas malas, mais ou menos bizarras as suas posições consoante o decoro heroicamente mantido durante o inferno da espera pelo voo que sucessivamente vai sendo adiado. Mais-coisa-menos-coisa chega o avião pelo final da madrugada e lá embarca a especimina humana com destino a c… omplicações: a companhia faliu, já não existe; ovni detectado a sobrevoar terreno hostil.

Friday, June 18, 2010

Saturday, June 12, 2010























Parte II: Acreditar.

Aconteceu. Faz sentido. É real. Os quatro pontos cardeais da vida: o preto gato, ele, o caos, ela. Dois solstícios não tarda, o equinócio passado uma presente certeza, esperança, promessa.

Esquece o tempo. Complementas-me.



















Parte I: Compreender.

Gatos pretos trazem má sorte. Ou assim o diz quem nisso acredita. Certo é apenas que depois se raspam deixando-a cá ficar. Talvez assustados porque veio mesmo tudo abaixo, a tardia e única sirene chibando a intrusão. Vieram e foram sem serem vistos, por estes lados tudo está de pantanas, lambem o pêlo inocentes, a culpa é da má sorte e nunca deles que a trouxeram, os sacanas. Giram assim mundos cá dentro. Ele olha duas vezes quando alinhados se esboroam, foi apanhado de surpresa. De nada serve a projecção nem achar um Átilas para todos. Enquanto se recompõe já a tosca agulha ressuscitou e de novo os remenda. Sem habilidade, como pode. Mas este é diferente, este percebeu. Pega nas suas as mãos esfoladas, as próprias por elas sangrando sem doer. Uma intrusão que a emociona e ela não quer perder.


Monday, June 07, 2010

















For the first time, psychologists have found that swearing may serve as an important function in relieving pain.
"I would advise people, if they hurt themselves, to swear"
There is a catch, though: "The more we swear, the less emotionally potent the words become"

Study led by Richard Stephens of Keele University in England,
Published in NeuroReport.

Disclaimer: Sentences taken from here.


First-aid basic rule: whenever you hear someone yelling «F*CK!!!», go and make sure it's worth it.