Prosopopese mediúnica
Decorrente do teu melífluo embair;
Cala-te.
E deixa-me ouvi-lo, estuante e diáfano,
Preferir imos nasciturnos,
Abster-se de mentir.
Ficarão por colimar os horizontes,
Mas livres da ignomínia
De um párano uno e decrépito.
Wednesday, June 24, 2009
Is it possible to say your life is hard when you don't live it at all?
Tuesday, June 02, 2009
Toda a gente tem as suas fantasias. As minhas são tudo o que tenho.
Sunday, May 31, 2009
Das Viagens Livres e Frequentes pelos Antípodas da Razão
Decidiram alterar a rota, embora o destino permaneça o mesmo. Foge-nos agora quando lá iremos chegar. Verdade seja dita, antes também não sabíamos; mas esperávamos que fosse entretanto. Dizem que o tempo amanhã levanta. Por mim, tudo bem. Há algo nestas trovoadas que não bate certo: algo entre o frio que até os ossos enregela e os parcos clarões desprovidos de ribombares. Não é só de mim: eles acham o mesmo, só que não se queixam. Preferem andar taciturnos. Como ela diz, eith. Manta pelos ombros e outro cigarro no convés talvez me ajudem a perceber. Oh, as trovoadas - eles ficam bem.
Monday, May 18, 2009
Movem-se lestas, imperiosas, imponentes volumes de magnificência, majestosas, marchando, marchando ao rabujo ensonado da indústria e continuam os pássaros a chinfrinar, um ponto ou outro lumina nevoeiro fora, esbateram-se seus cumes, vales, vão mais distantes, clareia e se vão os celestes, virão, estão as aves e o metal batido, elas lestas, imperiosas, marchando, imponentes, marchando, ominosas.
Monday, May 11, 2009
À beira de um lago ou no meio de parque, sentada e de caderno no regaço, tempo livre nas mãos e nada para fazer. Devia ter trovejado. Ficou em casa; as viagens, para outro dia.
Friday, May 01, 2009
Em febre, numa pele nua. Traços vagabundos nas prateleiras, uma vez mais o movimento abnegando: um espasmo, um arrepio: Dançam folhagens ao vento. Está roupa esquecida ao sol e adormeço.